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Em um movimento estratégico que pode redesenhar o equilíbrio político do centro democrático brasileiro, a Executiva Nacional do PSDB aprovou por unanimidade na última terça-feira (29) o início das tratativas oficiais para uma fusão com o partido Podemos. A decisão, tomada em reunião interna, abre espaço para o aprofundamento das discussões e consultas às bases partidárias, mirando uma reestruturação mais robusta e competitiva no cenário eleitoral nacional.

A fusão, que ainda será objeto de deliberação em uma Convenção Nacional marcada para o próximo dia 5 de junho, pretende consolidar uma alternativa política que se distancie das polarizações e recoloque o projeto de desenvolvimento do país no eixo do diálogo e da moderação.

De acordo com lideranças do PSDB, o passo dado representa “o início de uma construção conjunta”, em que estruturas e ideais de ambas as legendas serão alinhados. As conversas com o Podemos devem continuar nas próximas semanas, com foco na convergência de valores, estratégias e objetivos comuns.

Entre os pontos a serem definidos até a convenção estão possíveis alterações no Estatuto do PSDB, exigidas para viabilizar juridicamente a unificação. A direção tucana afirma que o processo será conduzido com transparência e respeito à diversidade de opiniões dentro das suas fileiras.

A proposta de fusão surge em um contexto de fragmentação partidária e perda de protagonismo das siglas tradicionais, que buscam agora se reposicionar diante de um eleitorado mais volátil e exigente. Com essa união, PSDB e Podemos esperam criar uma nova força política capaz de disputar espaço com os extremos ideológicos que dominam o debate nacional.

No tabuleiro político de 2025, a possível fusão já é vista como uma tentativa de recuperar relevância institucional e atrair quadros capazes de formar um projeto de poder sustentável a médio prazo.

A decisão final cabe à base partidária. Mas, até lá, o centro político brasileiro observa com atenção os próximos movimentos dessa possível reconfiguração histórica.

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